sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Lixo Hospitalar em Questão

Resenha
Está resenha discute os riscos que os resíduos de serviço de saúde –
lixo hospitalar – trazem para a população e para o meio ambiente.
Para tratar do assunto o grupo pesquisou na literatura existem
diversos autores que têm focado seus trabalhos de pesquisa sobre os
riscos dos resíduos de serviço de saúde. Identificamos os trabalhos de
Andrade 2006, Portal ambiente Brasil e Mastroeni 2005.
Resíduos sólidos são definidos como: O que constitui aquilo que
genericamente se chama de lixo: materiais sólidos considerados
inúteis, supérfluos ou perigosos, gerados pela atitude humana, e que
devem ser descartados ou eliminados – O lixo biológico é enquadrado
neste perfil e se seu descarte não é de maneira correta, atrás sérios
riscos.
Andrade 2006, classifica o risco do lixo hospitalar em três níveis:
• A saúde de quem manipula esses resíduos; • Aumentando a taxa de
infecção hospitalar;• Impactando o meio ambiente.
Na saúde de quem manipula esses resíduos, ele destaca o risco que
pessoas correm ao manipular materiais mal acondicionados após o uso.
No aumentando a taxa de infecção hospitalar é destacado que 50% dos
casos de infecção hospitalar são devidas ao desequilíbrio da flora
bacteriana e “stress”, 30% ao despreparo dos profissionais que prestam
assistência médica, 10% ao mau gerenciamento dos resíduos, e por fim
fala de impactando o meio ambiente, dos danos causados ao meio
ambiente por a disposição inadvertida a céu aberto ou em cursos de
água que causam proliferação de vetor e consequentemente disseminação
de doenças com danos à saúde pública, contaminação de mananciais de
água superficiais e subterrâneas.
No portal Ambiente Brasil, o autor diz que o maior problema é o
chamado “lixo infectante - classe A”, que representa um grande risco
de contaminação, além de poluir o meio ambiente. A maior parte dos
estabelecimentos não faz a separação deste material, que acaba indo
para os aterros junto com o lixo normal ou para a fossa.
Mastroeni – 2005 em seu livro nos dá todas as etapas que devem ser
seguidas para que o risco dos lixos hospitalares sejam minimizadas.
Seriam algumas delas: caracterização, segregação, acondicionamento,
tratamento, armazenamento, ao uso de equipamentos de proteção,
conscientização e treinamento do pessoal para o manuseio seguro do
ponto de vista de saúde pública e meio ambiente.
E nos diz que a resolução n° 232, de 2001, bem como o centro de
vigilância sanitária de Estado de São Paulo( Portaria n° 03, de3
18/1/2000) estabelecem a necessidade de um plano de gerenciamento de
resíduos de serviços de saúde para todos os geradores independente da
quantidade de resíduos de serviços de saúde para todos geradores
independente da quantidade de resíduos gerados. Tal fato se deve à
necessidade de salvaguardar a saúde do analista, do encarregado da
disposição em geral e do meio ambiente. Assim, a inativação dos
resíduos biológicos no local de geração preserva todos os atores
sociais envolvidos no processo.
O lixo hospitalar apesar de ser gerado em menor quantidade que o
lixo comum constitui um problema por a forma que é coletado e
disposto, por falta de orientação , investimento em políticas
públicas de regulamentação e informação para que os profissionais
liberais de saúde conheçam e entendam o que é o resíduo sólido de
saúde e os riscos que trazem conforme descrito. Nem todo lixo
produzido em instituições de saúde é considerado perigoso, por isso a
necessidade de orientação, para os profissionais que trabalham nesses
locais saibam fazer a separação correta desses resíduos, não pondo em
risco a própria saúde e de toda polução que por ventura possa ser
exposta.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Formas de Reciclagem de Resíduos Sólidos

Introdução

Reciclar significa transformar objetos materiais usados em novos produtos para o consumo. Esta necessidade foi despertada pelos seres humanos, a partir do momento em que se verificou os benefícios que este procedimento trás para o planeta Terra.

Importância e vantangens da reciclagem

A partir da década de 1980, a produção de embalagens e produtos descartáveis aumentou significativamente, assim como a produção de lixo, principalmente nos países desenvolvidos. Muitos governos e ONGs estão cobrando de empresas posturas responsáveis: o crescimento econômico deve estar aliado à preservação do meio ambiente. Atividades como campanhas de coleta seletiva de lixo e reciclagem de alumínio e papel, já são comuns em várias partes do mundo.

No processo de reciclagem, que além de preservar o meio ambiente também gera riquezas, os materiais mais reciclados são o vidro, o alumínio, o papel e o plástico. Esta reciclagem contribui para a diminuição significativa da poluição do solo, da água e do ar. Muitas indústrias estão reciclando materiais como uma forma de reduzir os custos de produção.

Um outro benefício da reciclagem é a quantidade de empregos que ela tem gerado nas grandes cidades. Muitos desempregados estão buscando trabalho neste setor e conseguindo renda para manterem suas famílias. Cooperativas de catadores de papel e alumínio já são uma boa realidade nos centros urbanos do Brasil.

Sacolas feitas com papel reciclável

Muitos materiais como, por exemplo, o alumínio pode ser reciclado com um nível de reaproveitamento de quase 100%. Derretido, ele retorna para as linhas de produção das indústrias de embalagens, reduzindo os custos para as empresas.

Muitas campanhas educativas têm despertado a atenção para o problema do lixo nas grandes cidades. Cada vez mais, os centros urbanos, com grande crescimento populacional, tem encontrado dificuldades em conseguir locais para instalarem depósitos de lixo. Portanto, a reciclagem apresenta-se como uma solução viável economicamente, além de ser ambientalmente correta. Nas escolas, muitos alunos são orientados pelos professores a separarem o lixo em suas residências. Outro dado interessante é que já é comum nos grandes condomínios a reciclagem do lixo.

Assim como nas cidades, na zona rural a reciclagem também acontece. O lixo orgânico é utilizado na fabricação de adubo orgânico para ser utilizado na agricultura.

Como podemos observar, se o homem souber utilizar os recursos da natureza, poderemos ter , muito em breve, um mundo mais limpo e mais desenvolvido. Desta forma, poderemos conquistar o tão sonhado desenvolvimento sustentável do planeta.

Exemplos de Produtos Recicláveis

- Vidro: potes de alimentos (azeitonas, milho, requijão, etc), garrafas, frascos de medicamentos, cacos de vidro.

- Papel: jornais, revistas, folhetos, caixas de papelão, embalagens de papel.

- Metal: latas de alumínio, latas de aço, pregos, tampas, tubos de pasta, cobre, alumínio.

- Plástico: potes de plástico, garrafas PET, sacos pláticos, embalagens e sacolas de supermercado.

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Fonte:http://www.suapesquisa.com/reciclagem/

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Entrevista em Foco

Secretário de Infra-Estrutura Urbana do Município de Novo Gama: Marinaldo Almeida.

1. Como a planificação urbana ou falta dela afeta a qualidade dos serviços de limpeza?
R: Afeta no momento em que você não tem os dados do serviço que é prestado, então você não tem como elaborar um plano de ação para dar funcionalidade aos trabalhos.

2. Para a limpeza pública o que é mais importante: Educação Ambiental ou Cultura Social?
R: Ambos, pois quando tivermos uma sociedade que tenha uma cultura social de preservação ambiental, com certeza vamos melhorar a qualidade da limpeza pública.

3. Como se pode inserir a população de maneira ativa nas iniciativas de limpeza pública?
R: Através de campanhas.

4. A composição e as características do lixo sofrem alterações de acordo com os aspectos econômicos e sociais da comunidade local?
R: Sim, nas comunidades mais carentes é recolhido praticamente só lixo orgânico, pois a própria comunidade já faz uma pré-seleção.

5. Como vocês vêem a oportunidade dos Créditos de Carbono nos aterros sanitários?
Como o município encara essa possibilidade?
R: Será importante para o município, pena que existe uma distância grande da realidade.

6. A coleta/destinação do lixo é deficitária no município? E existe a possibilidade de melhoras?
R: Sim, precisamos aumentar a frota e o pessoal e também melhorar as condições do aterro.
Sim, se consorciarmos a administração do aterro.

7. E quanto à destinação do lixo? Os resíduos coletados são dispostos em que local e de que maneira?
R: São dispostos em um aterro controlado. É feita a coleta do chorume.Em lugar sem impermeabilização, e o lixo é compactado e aterrado diariamente.

8. O município possui legislação direcionada para resíduos sólidos?
R: Não.

9. O município dispõe de recursos alocados ou programas para a implantação da coleta seletiva? E há programas educacionais voltados para a Educação Ambiental?
R: Não, ainda não conseguimos recurso. Quanto à Educação Ambiental é algo isolado.

10.Para cada categoria de resíduo existe uma forma correta de coleta e disposição em função de sua natureza ou risco.Como vocês tratam da coleta de resíduos de estabelecimentos de saúde tais como farmácia, drogarias, laboratórios, clínicas de saúde, consultórios odontológicos, clínicas veterinárias, postos de saúde, etc.?
R: Estes resíduos são coleados por uma empresa contratada que os leva para incinerar.

11. O serviço de coleta de lixo é público ou terceirizado? As pessoas que trabalham na coleta são capacitadas e/ou recebem orientações e equipamentos de proteção individual para trabalhar em ambiente insalubre?
R: É público, as pessoas são orientadas mas não tem a capacitação ideal, quanto aos EPIs , eles recebem mas as vezes falta.

12. No município existe atividade de reciclagem? O que vocês fazem com os recicláveis?
R: Algumas pessoas fazem por conta própria.

14. No local existem catadores informais e/ou associações que exploram a atividade e sobrevivem comercializando o material separado como única renda? Quem organiza? Existe administrador no local ou pessoa responsável em coordenar o trabalho? Como funciona? Quantas pessoas trabalham?
R: Sim, existe uma associação que explora a organização e por eles mesmos. Não existe administração no local. Trabalham 40 pessoas cadastradas.

15. Vocês possuem incineradores para a queima de resíduos infectantes?
R: Não

15. Os caminhões que fazem a coleta também estão dentro das normas exigidas por lei para desenvolver tais atividades? Quantos são? E fazem o trabalho eficiente?
R: Não, são 9 caminhões. Mais ou menos.

16. Qual a quantidade média de resíduos coletados diariamente em toneladas?
R: Mais ou menos 60 toneladas.

17. Qual a concentração média por tipo de lixo em porcentagem recolhidos no município? X % matéria orgânica, Y % materiais recicláveis, Z % materiais infectantes e W % outros tipos de resíduos?
R: Orgânico 63,88 %
Reciclável 28,13 %
Infectante 0,045 %
Outros 7,945 %

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Acondicionamento dos resíduos

"Os resíduos segregados devem ser prioritariamente acondicionados para o armazenamento temporário até o tratamento, transporte ou disposição final.O acondicionamento, como definido pela Associação Brasileira de norma técnicas -ABNT, na NBR-12807, é o ato do embalar os resíduos de serviço de saúde_ RSS, em recipientes, para protegê-los de risco e facilitar o seu transporte, devendo ser executado no momento da sua geração, no seu local de origem ou próximo, e com a correta identeficação.
Todos os resíduos biológicos devem ser acondicionados de forma a prevenir e proteger a sua liberação durante as etapas subsequentes do gerenciamento até a diposição final, sendo devidamente identificados com o síbolo de resíduo infectante.A triagem preliminardos diferentes tipos de resíduos biológicos gerado permite definir o tratamento a ser realizado e, consequentemente, o modo como devem ser acondicionados.
O uso de saco plástico branco identificado com o símbolo de resíduo infectante, além de exigênci alegal, é recomendado por ser prático, eficiente, reduzir a exposição do manipulador no contato direto com os resíduos, bem como melhorar as condições de higiene e descarte.Para o seu fechamento,é necessário retirar o excesso de ar, cuidado para não inalá-lo, torcer e amarrar sua abertura com aramer, nó ou barbante.
Os res´duos biológicos altamente infectantes, culturas líquidasw e vacinas atenuadas ou não devem ser autoclavados.Para tanto, devem ser acondicionados em recipientes rígidos ou em sacos plásticos autoclaváveis.
Todas as culturas sólidas, placas de Petri ou qualquer ou material relacionado podem ser acondicionados em sacos plásticos até a descontaminação.Se houver a possibilidade rompimento da embalagem ou vazamento, um saco plático adicional deverá ser utilizado.
Os resíduos perfurocortantes devem ser acondicionados em recipientes rígidos com sistema de fechamento e identificação adequados, antes de serem lançados nos sacos plásticos.
Os resíduos classificados como comuns podem ser acondicionados em sacos plástcos de qualquer cor.
fonte:biossegurrança aplicada a laboratóriose serviços de saúde- 2ª edição/
Marco Fabio Mastroeni_ São Paulo:Editora Ateneu, 2005
PCL

terça-feira, 17 de novembro de 2009

MAIS UMA CHARGE



Até quando iremos prejudicar nossos recursos em favor da comodidade?


FONTE: http://www.jornaldamidia.com.br/noticias/2006/01/26/Especial/Saude_lixo_hospitalar_exige_cuida.shtml
Acessado em 17/11/09 às 23h

domingo, 15 de novembro de 2009

Gerenciamento de resíduos biológicos- Segregação

Segregação
" A segregação deve ser implantada no local de geração do resíduo, separando as frações infecciosas e perigosas das não-infecciosas e não-perigosas, o que permite a reutilização, recuperação ou reciclagem de alguns resíduos, e o encaminhamento à coleta municipal da fração considerada comum ou inerte
A minimização dos riscos é diretamente relacionada à segregação.É um a estratégia utilizada para a redução do volume total ou da toxidade do resíduo gerado, antes de submetê-lo a tratamento ou descartá-lo.Este termo inclui a reduçõa da quantidade de resíduos gerados no estabelecimento através da adoção de micrométodos;substituição dos produtos utilizados por outros de menor toxidade;recuperação, reutilização ou reciclagem deles e pré-tratamento para a redução ou eliminação da periculosidade.
A efetiva segregação e consequente minimização dos resíduos gerados são fatores de segurança importantes para o pesssoal que os manipula-interna ou externamente ao estabelecimento -, para os indivíduos que operam as instalações de tratamento ou disposição, bem como para o público em geral."

Biossegurança aplicada a laboratórios e serviços de saúde-2ª ediçõa/Marco Fábio Mastroeni- São Paulo:Editora Ateneu, 2005
PCL

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Lixo hospitalar

Das três grandes classes de lixo existentes, quais sejam, o urbano, o industrial e o hospitalar, este último merece algumas considerações especiais, porque ele tem que ser visto especialmente.

Nunca seria demais, mesmo para aqueles que já sabem bastante do assunto, alguns repasses de informações e, para aqueles que nem desconfiam da importância no trato do lixo hospitalar, alguns aprendizados serão, também, úteis.

Dentro de um hospital, nem todo o lixo hospitalar é hospitalar propriamente dito, haja vista que o lixo proveniente dos setores administrativos se comporta como se fosse da classe dos lixos urbanos.

Mas o que se quer dizer como lixo hospitalar é aquela porção que pode estar contaminada com vírus ou bactérias patogênicas das salas de cirurgia e curativos, das clínicas dentárias, dos laboratórios de análises, dos ambulatórios e até de clínicas e laboratórios não localizados em hospitais, além de biotérios e veterinárias.

A composição de tal lixo é a mais variada possível, podendo ser constituída de restos de alimentos de enfermos, restos de limpeza de salas de cirurgia e curativos, gazes, ataduras, peças anatômicas etc.

É importante estar atento ao manuseio deste lixo, pois as pessoas que o manipulam podem ficar sujeitas a doenças e levarem para outras, vários tipos de contaminação.

O lixo hospitalar contaminado deve ser embalado de forma especial, segundo a Norma EB 588/1977 (sacos plásticos branco-leitosos, grossos e resistentes).

O depósito desses sacos deve ser em vasilhames bem vedados e estes colocados fora do alcance de pessoas, até a chegada do carro próprio para a coleta. Nunca tais lixos devem aguardar a coleta em locais públicos; nas calçadas, por exemplo.

A melhor forma de destruir o lixo hospitalar é a incineração, desde que os incineradores possuam tecnologia adequada e estejam em locais que não causem incômodos à população. A pior forma, e que deve ser evitada, é levar o lixo hospitalar para usinas de lixo urbano, aterros sanitários e lixões, o que é praxe.

Os custos do tratamento do lixo hospitalar são elevados e seria, de todo interessante, a formação de consórcios de geradores, para a adoção de uma solução comum na destinação.

Como se pode ver, o trato do Meio Ambiente tem nuances muito específicas para cada tipo de agressão.



Gil Portugal (fevereiro/94)
Fonte:http://www.gpca.com.br/gil/art62.html
Em 10/11/09 as 17:30
PCL

Tratamento inadequado de Resíduos de Serviços de Saúde põe em risco os brasileiros e o meio ambiente

Se não receberem manejo adequado, os dejetos gerados por unidades de saúde, necrotérios, consultórios e até clínicas veterinárias representam um grande perigo, tanto para a saúde das pessoas quanto para o meio ambiente. O Brasil gera cerca de 149 mil toneladas de resíduos urbanos por dia. Estima-se que a geração de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) represente de 1% a 3 % deste volume (entre 1,49t e 4,47t).

Dentre os dejetos que constituem resíduo hospitalar estão bolsas de sangue, seringas, agulhas, resto de medicamentos e curativos, material radioativo, lâminas de bisturis, membros humanos amputados e restos de comida servida a pacientes com doenças infecciosas. Quando a inadequação do descarte de resíduos se junta à falta de informação sobre o risco potencial desse tipo de material, surgem casos como o que aconteceu na semana passada, em São José do Rio Preto, interior de São Paulo. Duas crianças se feriram enquanto brincavam de espetar uma à outra com agulhas de seringas que haviam sido jogadas num terreno baldio. Uma dona de casa tentou acabar com a brincadeira e também acabou ferida. No lixo, havia também outros materiais hospitalares, cuja origem é desconhecida.

Os médicos começaram a medicar preventivamente os feridos com AZT (para evitar uma possível replicação do vírus HIV) e com vacinas contra hepatites A, B e C. Um caso emblemático envolvendo descuido com lixo hospitalar aconteceu no lixão de Olinda (PE), em 1994. Uma catadora de lixo e seu filho comeram uma mama amputada. Na época, Leonildes Cruz Soares disse aos jornais que havia preparado a carne porque não tinha nada mais o que comer.

Normas
Existem regras para o descarte dos Resíduos de Serviços de Saúde. Elas estão dispostas na Resolução n° 306 de dezembro de 2004, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Entre elas, uma estabelece que a segregação, tratamento, acondicionamento e transporte adequado dos resíduos é de responsabilidade de cada unidade de saúde onde eles foram gerados.

Em termos de regulação, na esfera federal, o país dispõe de normas ambientais e de vigilância sanitária, complementadas por outras estaduais e municipais. Os órgãos estaduais e municipais de meio ambiente são responsáveis pelo licenciamento ambiental dos empreendimentos de tratamento e disposição final de resíduos. Cabe a eles também a fiscalização.

Dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico mostram que 63% dos municípios brasileiros possuem coleta de Resíduos de Serviços de Saúde. Dessas cidades, apenas 18% utilizam algum tipo de tecnologia de tratamento para os RSS, enquanto 36% queimam esses materiais a céu aberto e quase 35% não adotam qualquer tipo de tratamento.

A população deve denunciar aos órgãos locais de Meio Ambiente casos de inadequação dos aterros sanitários. A reclamação deve ser feita à Vigilância Sanitária do estado ou município em caso de irregularidade cometida por unidade de saúde. As normas reguladoras da vigilância Sanitária e do Meio Ambiente estabelecem critérios de fiscalização e aplicação de penalidades.

"Os estudos de saneamento ambiental indicam uma carência de utilização das técnicas corretas de disposição dos resíduos em solo, nos chamados aterros sanitários, que estão presentes somente em 12,6% dos 5.507 municípios pesquisados", afirma o técnico da Gerência de Infra-estrutura em Serviços de Saúde da Anvisa, Luiz Carlos da Fonseca e Silva.

A partir da publicação da Regulamentação de 07 de dezembro de 2004, a Anvisa promoveu capacitações estaduais e municipais, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, para os técnicos de vigilância Sanitária e de Meio Ambiente dos estados e capitais em todo país, que beneficiaram mais de 1.300 profissionais. A agência vem participando ativamente de palestras, seminários e congressos das diversas atividades de atenção à saúde, promovendo ampla divulgação de sua regulamentação e percebendo as dificuldades de implantação do Regulamento.

Sem perigo
Se os resíduos são depositados de acordo com a norma estabelecida pela Anvisa, não há riscos para o meio ambiente (com contaminação do solo, de águas superficiais e profundas) ou para a população (em decorrência da ingestão de alimentos ou água contaminada).

Segundo as normas do Ministério da Saúde, materiais hospitalares que podem produzir cortes e perfurações devem ser encaminhados para aterros sanitários, que não admitem a presença de catadores, o que torna segura a disposição final dos Resíduos de Serviços de Saúde em solo.

Os resíduos biológicos apresentam dois componentes: os que precisam ser submetidos a tratamento antes da destinação final em solo e os que não necessitam de tratamento antes. Os dois tipos só podem ser descartados em locais devidamente licenciados pelo órgão ambiental.

Segundo o técnico Luiz Carlos, da Anvisa, dentre todos os Resíduos de Serviços de Saúde, os químicos perigosos são os mais preocupantes, tanto pela ação direta de toxicidade no seu manuseio quanto por seu potencial de contaminação ambiental do solo, dos rios e nascentes. "Os resíduos químicos perigosos não podem ser encaminhados para aterros sanitários. Devem ser submetidos a tratamento prévio ou então encaminhados para aterro especial para resíduos perigosos, chamados Classe 1. Os rejeitos radioativos são tratados com técnica específica na própria unidade", explica.


. em 10/11/09 as 15:00
pcl

terça-feira, 3 de novembro de 2009

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

INCINERAÇÃO DO LIXO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE E HOSPITALAR

A incineração do lixo hospitalar não é obrigatória como meio de tratamento, porém é considerada a melhor alternativa de tratamento, pelos seguintes fatores:




reduz drasticamente o volume de resíduo, sobrando uma pequena quantidade de cinzas;

é um processo simples apesar de crítico quanto ao cumprimento dos procedimentos operacionais;

como desvantagem, existe a emissão de compostos tóxicos como as dioxinas e furanos, caso a usina não seja projetada e operada adequadamente.

A geração do lixo hospitalar é quase cem vezes menor que a do lixo municipal levando, em geral, à utilização de usinas pequenas. No Estado de São Paulo, atualmente, mais de trinta municípios possuem seu próprio incinerador de lixo hospitalar.




Cabe ressaltar que o seu caráter de resíduo perigoso exige o correto rigor operacional. Além disso, seu conteúdo energético é muito maior que o do lixo municipal, tornado atrativa a recuperação de energia. Neste sentido, na tomada de decisão deve-se considerar, à medida que a geração de lixo hospitalar aumenta:


envio a municípios/ empresas que possuam incinerador;

contratação de prestação de serviços sem aquisição do equipamento;

aquisição de unidade pequena para tratar somente o lixo hospitalar do próprio gerador;

usina grande construída em consórcio e prestando serviços a outros geradores.

O lixo hospitalar varia sempre de composição, principalmente, por ser constituído de sobras e ter procedência variada.

O sucesso da incineração pode ser fortemente afetado pela variabilidade do resíduo e sua embalagem.

Uma vez definida no projeto do incinerador a composição dos resíduos a serem incinerados, é exigido pelo órgão de controle de meio ambiente um plano mínimo de monitoramento, que se torna mais complexo e caro à medida que se deseje incinerar substâncias mais perigosas em maior quantidade e variedade.

Por isso, ao se planejar o teste de queima é importante estabelecer o equilíbrio entre versatilidade na aceitação de diferentes resíduos e o rigor na triagem durante sua recepção (tipo e freqüência de análises e critérios de aceitação).

No lixo hospitalar pode-se encontrar substâncias perigosas como acetona, metanol, xileno e, até mesmo, metais tóxicos provenientes de baterias retiradas de equipamentos eletrônicos. Alguns metais pesados são extremamente tóxicos para o ser humano e exigem tratamento especial.

A admissão de resíduos com composição muito diferente da esperada pode causar problemas de gravidade variável, tais como:


contaminação da corrente gasosa, líquida e/ ou das cinzas. Ex.: metais pesados;

danos ao revestimento refratário e grelhas. Ex.: excesso de substâncias com PCI elevado (polietileno), excesso de flúor, vidros;

explosões. Ex.: explosivos e substâncias instáveis ou muito reativas;

desgaste do revestimento refratário. Ex.: alto teor de Sódio (sal de cozinha);

corrosão. Ex.: altos teores de Enxofre e/ou Cloro (sulfato, sal de cozinha, PVC);

combustão incompleta. Ex.: sólidos em pedaços grandes (tocos de madeira, vidros, gesso ortopédico);

consumo excessivo de combustível. Ex.: resíduo muito úmido (o lixo urbano, geralmente, tem mais de 40% de água);

geração de monóxido de Carbono (CO) e material particulado (m.p.) em excesso. Ex.: PCI alto e variável, como na alternância de plásticos e material anatômico (órgãos e tecidos de cirurgias) do lixo hospitalar.

O lixo hospitalar, geralmente, é acondicionado em sacos plásticos e alimentados manualmente em pequenos incineradores.

Os tipos de incineradores mais usados são:


Câmaras múltiplas:
consiste basicamente em duas câmaras em série separadas por chicanas para decantação de m.p. via regra. Apenas na segunda câmara é mantido um queimador para garantir as condições típicas de combustão secundária.

Ar controlado:
este tipo de incinerador opera, em sua câmara primária, com vazão de ar abaixo do necessário para a combustão completa, tornando a queima lenta e com baixa geração de m.p.

Na câmara secundária, os gases são aquecidos a aproximadamente 900 graus, destruindo os compostos tóxicos.

A energia gerada na queima pode dispensar o uso do combustível auxiliar durante operação manual. A pureza dos gases de combustão dependerá da homogeneidade do resíduo alimentado.

Quanto ao tamanho do incinerador : entre 0,5 toneladas/dia e 20 toneladas/dia existem muitas alternativas para a seleção de um incinerador.

Dois fatores estratégicos são centrais na decisão de se instalar um incinerador:


o investimento é alto, podendo ultrapassar 2 milhões de dólares para unidades de 20 toneladas/dia;

o custo de transporte dos resíduos é pequeno em comparação ao custo de incineração, tornando viável incinerar em unidades distantes (mais de l00 quilômetros)

Cidades com até 50 mil habitantes podem utilizar incineradores pequenos, com capacidade da ordem de 0,5 tonelada/dia, para destruir seu lixo hospitalar. Nesta escala, caso seja necessário aumentar a capacidade, pode-se adquirir novos módulos idênticos e aproveitar os conhecimentos de operação e manutenção.

Os municípios com população na faixa de 50 a 500 mil habitantes, com eventual necessidade de destruir resíduos (os mais variados como os industriais), podem considerar a utilização de incineração em forno rotativo com capacidade da ordem de 5 toneladas/dia.

Fonte:http://lixohospitalar.vilabol.uol.com.br/Incineracao_do_lixo.html
em 2/11/09 as 17:00
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