segunda-feira, 2 de novembro de 2009

INCINERAÇÃO DO LIXO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE E HOSPITALAR

A incineração do lixo hospitalar não é obrigatória como meio de tratamento, porém é considerada a melhor alternativa de tratamento, pelos seguintes fatores:




reduz drasticamente o volume de resíduo, sobrando uma pequena quantidade de cinzas;

é um processo simples apesar de crítico quanto ao cumprimento dos procedimentos operacionais;

como desvantagem, existe a emissão de compostos tóxicos como as dioxinas e furanos, caso a usina não seja projetada e operada adequadamente.

A geração do lixo hospitalar é quase cem vezes menor que a do lixo municipal levando, em geral, à utilização de usinas pequenas. No Estado de São Paulo, atualmente, mais de trinta municípios possuem seu próprio incinerador de lixo hospitalar.




Cabe ressaltar que o seu caráter de resíduo perigoso exige o correto rigor operacional. Além disso, seu conteúdo energético é muito maior que o do lixo municipal, tornado atrativa a recuperação de energia. Neste sentido, na tomada de decisão deve-se considerar, à medida que a geração de lixo hospitalar aumenta:


envio a municípios/ empresas que possuam incinerador;

contratação de prestação de serviços sem aquisição do equipamento;

aquisição de unidade pequena para tratar somente o lixo hospitalar do próprio gerador;

usina grande construída em consórcio e prestando serviços a outros geradores.

O lixo hospitalar varia sempre de composição, principalmente, por ser constituído de sobras e ter procedência variada.

O sucesso da incineração pode ser fortemente afetado pela variabilidade do resíduo e sua embalagem.

Uma vez definida no projeto do incinerador a composição dos resíduos a serem incinerados, é exigido pelo órgão de controle de meio ambiente um plano mínimo de monitoramento, que se torna mais complexo e caro à medida que se deseje incinerar substâncias mais perigosas em maior quantidade e variedade.

Por isso, ao se planejar o teste de queima é importante estabelecer o equilíbrio entre versatilidade na aceitação de diferentes resíduos e o rigor na triagem durante sua recepção (tipo e freqüência de análises e critérios de aceitação).

No lixo hospitalar pode-se encontrar substâncias perigosas como acetona, metanol, xileno e, até mesmo, metais tóxicos provenientes de baterias retiradas de equipamentos eletrônicos. Alguns metais pesados são extremamente tóxicos para o ser humano e exigem tratamento especial.

A admissão de resíduos com composição muito diferente da esperada pode causar problemas de gravidade variável, tais como:


contaminação da corrente gasosa, líquida e/ ou das cinzas. Ex.: metais pesados;

danos ao revestimento refratário e grelhas. Ex.: excesso de substâncias com PCI elevado (polietileno), excesso de flúor, vidros;

explosões. Ex.: explosivos e substâncias instáveis ou muito reativas;

desgaste do revestimento refratário. Ex.: alto teor de Sódio (sal de cozinha);

corrosão. Ex.: altos teores de Enxofre e/ou Cloro (sulfato, sal de cozinha, PVC);

combustão incompleta. Ex.: sólidos em pedaços grandes (tocos de madeira, vidros, gesso ortopédico);

consumo excessivo de combustível. Ex.: resíduo muito úmido (o lixo urbano, geralmente, tem mais de 40% de água);

geração de monóxido de Carbono (CO) e material particulado (m.p.) em excesso. Ex.: PCI alto e variável, como na alternância de plásticos e material anatômico (órgãos e tecidos de cirurgias) do lixo hospitalar.

O lixo hospitalar, geralmente, é acondicionado em sacos plásticos e alimentados manualmente em pequenos incineradores.

Os tipos de incineradores mais usados são:


Câmaras múltiplas:
consiste basicamente em duas câmaras em série separadas por chicanas para decantação de m.p. via regra. Apenas na segunda câmara é mantido um queimador para garantir as condições típicas de combustão secundária.

Ar controlado:
este tipo de incinerador opera, em sua câmara primária, com vazão de ar abaixo do necessário para a combustão completa, tornando a queima lenta e com baixa geração de m.p.

Na câmara secundária, os gases são aquecidos a aproximadamente 900 graus, destruindo os compostos tóxicos.

A energia gerada na queima pode dispensar o uso do combustível auxiliar durante operação manual. A pureza dos gases de combustão dependerá da homogeneidade do resíduo alimentado.

Quanto ao tamanho do incinerador : entre 0,5 toneladas/dia e 20 toneladas/dia existem muitas alternativas para a seleção de um incinerador.

Dois fatores estratégicos são centrais na decisão de se instalar um incinerador:


o investimento é alto, podendo ultrapassar 2 milhões de dólares para unidades de 20 toneladas/dia;

o custo de transporte dos resíduos é pequeno em comparação ao custo de incineração, tornando viável incinerar em unidades distantes (mais de l00 quilômetros)

Cidades com até 50 mil habitantes podem utilizar incineradores pequenos, com capacidade da ordem de 0,5 tonelada/dia, para destruir seu lixo hospitalar. Nesta escala, caso seja necessário aumentar a capacidade, pode-se adquirir novos módulos idênticos e aproveitar os conhecimentos de operação e manutenção.

Os municípios com população na faixa de 50 a 500 mil habitantes, com eventual necessidade de destruir resíduos (os mais variados como os industriais), podem considerar a utilização de incineração em forno rotativo com capacidade da ordem de 5 toneladas/dia.

Fonte:http://lixohospitalar.vilabol.uol.com.br/Incineracao_do_lixo.html
em 2/11/09 as 17:00
pri

Um comentário:

  1. Gostaria de saber como faço para construir um incinerdor de pequeno porte.
    agradeço a atenção
    Samir Aguiar

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